24 agosto 2011

Segundo Seminário

Hoje, 24/08, tivemos a segunda reunião do projeto.

Temos mais um amigo, o Miguel! Seja bem-vindo à pesquisa!
Nossa reunião de hoje foi baseada em cinco textos: dois tratados pela Morgana, um por mim e outros dois pela turminha.
A Morgana falou dos textos “Construção social do espaço, identidades e territórios e, processo de remoção: o caso do bairro Restinga/RS”, Zamboni, V. e “Da identidade ao território: uma analise da identidade local do bairro de Santa Tereza”, de Peixoto, F.C. E uma das coisas que ela comentou logo de inicio que achei bastante interessante foi que o igual se define pelo diferente, ou seja, eu só posso dizer que duas coisas são semelhantes quando estas possuem diferenças, ela usou o exemplo das religiões mono e politeístas. Além disso, houve uma diferenciação de olhares, digamos assim, o “Nós vs. Eles” que nos ajuda a distinguir mais ainda o Insiders vs. Outsiders, termos que combinamos utilizar desde o primeiro seminário. E a vizinhança e o bairro, onde podemos dizer que vizinhança só existe quando há identidade, e apesar de haver diferenças entre a classe media e a comunidade, há uma identidade entre elas para poder formar o bairro, mas a identidade dentro de cada comunidade é maior do que a identidade entre as classes.
Eu analisei o texto “Morfologia e temporalidades urbanas – o ‘tempo efêmero’ e o ‘espaço amnésico’”, Carlos,A.F.A. Esse texto vai definir o espaço amnésico (aquele onde as relações acontecem sem referencias e é um espaço normatizado), tempo efêmero (aquele que ocorre tão rapidamente que não permite um reconhecimento e adaptação do espaço) e identidade abstrata (o meio pelo qual se realizam se realizam as relações sociais). A frase mais polêmica foi “Vazio no cheio é o fundamento do espaço amnésico”, por causa da contradição que a frase causa. E uma referência que gostei bastante do texto foi: “Antes as pessoas se encontravam nas compras, as crianças brincavam nas ruas, os pais deixavam as cadeiras nas calçadas para acompanhar seus filhos, conversavam com o vizinho e hoje as pessoas não se conhecem mais.” (CARLOS,2007;60).
Os textos tratados pelo pessoal foram: “O espaço e o tempo sociais no cotidiano”, Carlos, A.F.A. e “Os lugares da metrópole: a questão dos guetos urbanos”, Carlos,A.F.A. O abordado, de forma mais imprescindível para a pesquisa, é a definição dos bairros, do texto “Os lugares da metrópole: a questão dos guetos urbanos”, onde diz: “O bairro nos coloca diante das relações de imediatidade, enquanto lugar precípuo da reprodução no plano da vida imediata, mas esta reprodução se refere não somente ao plano da ordem próxima mas realiza a ordem distante, aquela da constituição da sociedade urbana.” Foi falado também, hoje, bastante de tornar certos espaços mercadoria, o que isso acarretaria ou já acarretou.
Tentamos trabalhar sempre com textos que se conectam e com esses cinco não foram diferentes, de alguma forma ou por algum conceito com eles também foi assim. Hoje, também, foi nosso ultimo seminário com textos geográficos, a partir da semana que vem já veremos algumas fontes sobre Patrimônio. Isso é tudo.
Tayanna Abrahão.